Oscar Wilde e o Esteticismo Britânico

Esta disciplina visa esclarecer o pensamento e a literatura de Oscar Wilde à luz de sua formação no curso de Literae Humaniores (Estudos Clássicos) na Universidade de Oxford e da influência sobre ele de seus precursores na corrente cultural e intelectual conhecida hoje como Esteticismo Britânico.

Esta disciplina se justifica em três sentidos:

1. Esclarecer em que medida o influxo da cultura clássica (em particular a grega antiga) à sociedade britânica dos séculos XVIII e XIX veio reconfigurar seus campos cultural e intelectual.
2. Esclarecer como Oscar Wilde, embora mais conhecido hoje como um escritor, se formou antes como um helenista e intelectual predisposto a se tornar membro do corpo acadêmico.
3. Esclarecer como a crítica, prática que os esteticistas britânicos viriam a reformular de inúmeras maneiras, tem muito a se beneficiar se concebida como uma prática criativa e artística.
4. Este estudo se vale da investigação de fontes primárias nos espólios de Wilde (reunidos hoje na William Andrews Clark Memorial Library na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA)) para substanciar suas premissas e suas explicações.

Conteúdo:  

1. A configuração de um Helenismo na Grã-Bretanha entre os séculos XVIII e XIX
   1. A Sociedade de Diletantes
   2. Os Mármores de Elgin
   3. Neoclassicismo e Romantismo
2. A institucionalização do Helenismo na Grã-Bretanha no século XIX
   1. O curso de Literae Humaniores na Universidade de Oxford
   2. O Helenismo como ética e estética
   3. O Esteticismo Britânico
3. Oscar Wilde: formação
   1. Sir William Wilde e Lady Jane Wilde
   2. Trinity College Dublin: Sir J.P. Mahaffy
   3. Universidade de Oxford: Matthew Arnold, Walter Pater e J.A. Symonds
4. Oscar Wilde: consagração
   1. Viagem à América
   2. O estrelato na Grã-Bretanha
   3. The Picture of Dorian Gray e Intentions
5. Oscar Wilde: ruína
   1. Políticas contra a sodomia
   2. A escrita do cárcere
   3. Momentos finais
6. Oscar Wilde: legado à crítica e à intelectualidade

Forma de Avaliação:

1. Participação nas discussões.
2. Trabalho final: ensaio individual ou em equipe (2500-3000 palavras): 100%, sendo três perguntas para avaliar: 1) capacidades de síntese e contextualização [20%]; 2) reconhecimento de pontos controversos com referência no conteúdo das aulas [30%]; 3) capacidades de crítica dialogando com suas próprias especialidades e investigações. [50%] Critérios: precisão das informações; rigor científico; rigor argumentativo.

Idiomas ministrados:

Português e Inglês

Tipo de oferecimento da disciplina:

Presencial

Mais informações em: Janus